Guarapari-ES, sábado, 14JUL12
Acordamos um pouco mais tarde já
que chegamos de madrugada na cidade. Guarapari é uma cidade de porte médio e
com boa estrutura. A primeira
providencia foi procurar o Daniel, um antigo amigo do Jeff que trabalha com mergulhos
na cidade, mas ao olharmos para o mar o próprio Jeff já nos alertou que as
esperanças de mergulho eram pequenas.
Chegando à operadora nosso receio tornou-se
realidade, Daniel nos disse que as saídas para operações estavam canceladas
pelo menos nos próximos dois dias e que talvez a situação se prolongue por mais
alguns. Muito vento na região deixará a água turva e com péssimas condições de
visibilidade e luminosidade. Mergulhado adiado fomos convidados a nos juntar ao
churrasco que a tripulação faria no barco devido ao dia de folga forçado.
Esse tipo de imprevisto sempre
pode ser transformado em uma boa oportunidade, nesse caso de conhecer novas
pessoas, fomos muito bem recebidos no churrasco e fizemos bons amigos entre
pessoas que demonstraram camaradagem e simplicidade. E quantas pessoas tem o
privilégio de assar uma carne em meio ao rio de entrada do porto?
“Equipe Atlantes”
Thiago e André
Daniel churrasqueiro
Vista do rio
leis locais
Guarapari rumo a Caravelas-BA,
Domingo, 15JUL12
Se
não temos mergulho, “v’ambora”......
Hoje
acordamos cedo e rumamos para Caravelas na Bahia, a cidade mais próxima do
Arquipélago de Abrolhos, nossa próxima (e primeira) parada de mergulho. Foram
mais 500 km, sofridos km, pois como no início da viagem chegamos a quase um dia
de viagem devido às estradas e aproximamos de Caravelas no entardecer.
A boa notícia? Caravelas estava
em festa, a cidade comemorava os 50 anos da diocese e Nossa Senhora veio coroar
o aniversário.
A má notícia? Péssima
infraestrutura de turismo no local. Cidade conhecida como “portal de Abrolhos”,
um dos pontos mais conhecidos de mergulho, é uma vergonha para turistas,
escassez de pousadas e quase nulidade de restaurantes são os primeiros problemas
percebidos por essa expedição. O único restaurante da cidade ( “aquele ali do
posto moço”), já era considerado cheio com 12 pessoas em seu interior, “ a casa
tá cheia e o pedido vai demorar” nos informou o garçom. A comida era boa porém
nada de especial, e como demorou pra preparar um arroz com peixe.
A pousada era simples mas atendia
as necessidades, básicas mesmo – “A senhora teria um café?”- “Só se tiver um
resto do de manhã, depois eu não faço mais nada”, informou a recepcionista em
tom de desprezo.
No dia posterior fomos procurar
uma operadora de mergulhos, apenas 3 na cidade, nenhuma fretava barcos e a
cidade sequer tem uma marina. Reservamos três vagas para os próximos 2 dias (
um pernoite em Abrolhos). Conhecemos os donos da operadora, Laila e seu marido,
o Francês Tomás, proprietário do Brutus (um caminhão Engesa 6x6 A-N-I-M-A-L e
que rendeu muita conversa).
Almoçar? Em Caravelas é que não
dá.... Rumamos para Prado (35 KM) e ficamos impressionados, uma cidade atraente
com bonitas pousadas e uma rua de lindos restaurantes em casas de mais de 200
anos (Alameda das Garrafas). Fomos para o Restaurante Dona Flor (que havia sido
indicado pela Laila). Lá conhecemos Lili e Lizie, proprietárias do pequeno
estabelecimento.
Dona Flor é um local encantador,
pequeno e com uma decoração simples, fomos ao cardápio escolher os pratos, que
escolha difícil, tudo parecia saboroso quando Lili explicava o preparo. E não
fomos enganados, de entrada um suco de capim santo com limão, muito
refrescante, torradas com patê de “biri-biri” (fruta típica da região e muito,
muito, muito azeda quando comida sozinha, mas uma delícia como patê), e a
comida era maravilhosa, pirão, moqueca de camarão e Badejo e um Rodião assado
na folha de bananeira com creme de jabuticaba.
Vamos agora começar mais um
parágrafo para a comida da Dona Lili, pois ela merece, ficamos impressionados
com os pratos, tudo muito bem feito e original, os sabores são bem definidos
enquanto se come e acabamos exagerando (“suadeira” depois de almoçar é um
sinal). Para encerrar um café com licor de cacau e leite condensado, uma
delícia. Mas outro ponto que merece destaque é a simpatia de Dona Lili e Lizie,
nos perdemos no horário e o papo sobre vários assuntos se estendeu.
Despedidas realizadas, uma rápida
passada no distrito da Barra e um tremendo susto com um velhinho que atravessou
de bicicleta na frente do Jipe sem olhar.
Voltamos à pousada, nada de café
novamente. Iniciamos uma partida de “Foot Sack”, mas percebemos que levaríamos
alguns dias para conseguir habilidade necessária. Nesse momento edito o blog
enquanto sou atacado por alguns pernilongos, espero que a internet retorne a
tempo de postar. Amanhã é o dia..... finalmente..... mergulho em Abrolhos.
Partida de Guarapari
Brutus
Igreja de Caravelas durante a entrada de Nossa Senhora Aparecida
Ainda não temos um nome para ele....
Dona Flor
Provando o Biri-biri
Almoço Jefferson e Thiago
Sentada: Dona Lizie (não gosta de fotos), em pé: André, Dona Lili e Jefferson